A Fortuna do Intemperado
Acorda cedo, noite mal dormida
Remela grudenta e moleza nojenta
Singelo bocejo, em alegre gracejo
Um dia de sol alegre a clarear...
...um mal humor a corromper
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Despida por livre-arbítrio
Para as belezas da brisa em tua desnuda tez
Um corpo feminil e de crasso torso
Das cavidades não naturais
De suas carnes suculentas
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De frente ao espelho
Pensas e temes o que lhe confrontas:
‘A infame zombeteira
Peste, mal agouro de tua vida
Nojenta como és sempre
A me infortunar a fronte de minha bela vida’
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Desde que lhe tem por percepção a perfeição
Quando os olhos passaram a compreender a Venucidade
Descobriu-a, dentre seus mais terríveis assombros
Assombro de matar o poltrão
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E a segue a perdurar-lhe, a maltratar-lhe
Sempre em seus momentos de prazer...
Na luxúria e na embriagues
Das deliciosas iguarias do esfaimado.
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Ficava a se martirizar, sem nunca se esquecer de seu prazer glutão
Mãos gordurosas e o prazer do consumo pecaminoso
Da fartura e da punição
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Assim venha.
Serás,
sem frustrações
Sem medos...
... Só felicidades.
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‘Por que me afrontas tanto.
Por que não me deixas escarnecer da Beatitude
Por que me afastas os homens Apolíneos
Os de falo sedentos, ora porque não...’
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‘Por que me ofereces tais rascunhos?
Tais dejetos imprestáveis
Carcomidos e satíricos
Imprestáveis no reino do Prazer’
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‘Maligna... Odeio-lhe
Desagrado e infame
Detestável filha do Azar
Oh santos amados, dispa-me desta chaga.’
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‘Pois odeio, odeio-lhe muito: Bandulho Nojento.’