A MORTE
Ela vem calada,
Veloz e faceira
Numa correria
Que é uma doideira,
Levando da terra
Quem ela bem quer.
Eu fico pensando
Aqui uma asneira:
Como me esconder
Da morte certeira,
Passar- lhe um calote
Quando ela vier?
Mas o que fazer?
É o nosso destino.
A morte carrega
O velho e o menino,
Contra a sua faca
Não há o que dizer.
E nem adianta
Eu espernear...
Melhor ficar quieta
E quando ela chegar,
Viajar com ela...
Morrer é viver!...
***
Maria do Socorro Domingos
João Pessoa, 11/06/2014