SONHOS LIBIDINOSOS DA SENHORINHA
Recostada na poltrona,
Bebericando um vinho,
A já gorducha matrona
Ficou a olhar o vizinho.
Ele era homem feito,
Elegante e atraente,
Cujo único defeito
Era ser-lhe indiferente.
A senhora sentia vontade
De com ele se deitar.
Não queria sua amizade,
Mas apenas com ele gozar.
Embora fosse educado,
E ignorasse seu olhar indecente,
Ao sentir-se encurralado,
Fugiu rápido da serpente.
Quando ela se viu só outra vez,
Ficou a se perguntar
Como pôr fim à sua viuvez
Se não tinha com quem “sapecar”?