O Coala Canalha
Em uma mata distante,
Nos confins da Austrália,
Vivia um ser único,
Um pequeno coala canalha.
Era egocêntrico,
Um autêntico fanfarrão,
Queria dominar o mundo,
E ter a vida de um sultão.
Sendo pequeno e fracote,
Precisava de um aliado,
Não conseguindo um comparsa,
Fez um pacto com o diabo.
O capeta não se fez de rogado,
E logo começaram a planejar,
Foram primeiro à China,
Para depois o resto conquistar.
Encontraram um carinha bondoso,
Um grande panda bonachão,
Seria fácil enrolá-lo,
E usá-lo como peão.
O pandinha, coitadinho,
Se fudeu ao querer ajudar...
Mas como sou eu quem escreve,
Vamos esperar acabar...
O plano era inédito,
Uma bomba com bambu e macarrão,
Juntando TNT,
Haveria uma nojenta explosão!
O diabo e o coala riam muito,
Do urso manchado ingênuo,
Que sem saber armazenava em sua casa,
Aquele maldito instrumento.
Na calada da madrugada,
Os dois malvados cochicharam,
Era a hora de montar a arma,
E mandar o mundo para o ralo.
Fizeram a mistura,
Já estava quase tudo pronto,
Mas como trabalharam tanto,
Foram vencidos pelo sono.
Então, o Panda acordou com fome,
E comeu aquilo tudo sem saber,
Deitou-se em sua caminha,
E esperou amanhecer.
Ao acordar,
O Coala quase morreu do coração,
Gritou para o diabo correr,
Pois tinha sumido a munição.
O diabo lembrou ao coala,
Do tratado que fizeram,
O Canalha abaixou as orelhas,
Perdeu da pureza e foi pro inferno!
Moral:
Se existe mesmo a lei do retorno, na dúvida, prefiro flores!
Beijos,
Gi