Meu nada fácil trabalho

Introdução: Foi quando eu trabalhei na Nilko, do dia 29-01-2007 a 29-04-2007.

Às 06:40 eu acordo, para um dia não do meu acordo;

Difícil eu levantar, para ir trabalhar;

Já levanto cansado, para um dia agitado;

Arrumo-me ligeiro, saio no desespero;

Se logo levanto, tomo café, mas sempre na fé;

Antes faço o sinal da cruz, minha oração vou fazendo no caminho que me conduz;

Até meu trabalho, eu batalho;

Vou pedalando, vou rezando;

Só vestir o jaleco e trabalhar, a maquina começa a funcionar;

Tem que agüentar, o horário terminar;

O serviço não é moleza, é dureza;

Os peões então, parece que não tem coração;

Cada brincadeira de mau gosto, também fico exposto;

Mas eu fico na minha, quero respeito nada de gracinha;

Assim vou trabalhando, os calos aumentando;

Serviço repetitivo, também tem que ser rápido e competitivo;

A escravidão não acabou, pelo menos aqui onde estou;

Descansar, só quando for almoçar;

Não vejo a hora do expediente acabar, pegar minha bicicleta e pedalar;

Só chegar em casa e trocar de roupa, lavar o rosto e opa;

Andar rápido para pegar o ônibus e ir para aula, que não é uma jaula;

Estudar é bom demais, parar de aprender jamais;

Onze horas da noite chego em casa, daí mando brasa;

Tomo banhinho, faço um lanchinho;

Ainda bem que não estudo todo dia, senão seria muita correria;

Mas antes de dormir faço minha oração, não só para pedir solução;

Para minha vida sofrida, encontrar uma saída;

Agradecer, meu dever;

Pois a vida é um presente, estou muito contente;

Dias melhores virão, isso eu tenho razão;

Esse é meu nada fácil trabalho.

Abril de 2007

Maico Oliveira
Enviado por Maico Oliveira em 01/05/2007
Reeditado em 06/09/2007
Código do texto: T470819
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.