Os políticos de merda
Seja Freud, ou um doido de hospício,
todos sabem, de cor e salteado:
a merda, que ora fede ao seu lado,
pode virar a obra do ofício.
Ou modela discursos de comício,
ou peremeia um sermão dominical.
Ou exala seu cheiro natural,
quando sai do famoso orifício.
Seja cocô a tinta dessa pena
que, por ser poesia, rouba a cena
nos ossos das colunas sociais.
Mas, se por um acaso do destino,
for uma distração do intestino,
há de feder nas folhas dos jornais.
A merda do congresso, seu menino,
a cada eleição fede inda mais!