QUANDO EU MORRER
(Sócrates Di Lima)

Quando eu morrer,
Quero sim,
Choros e velas,
Quero de rabo de olho ver,
Perto de mim,
Elas....
As mulheres que me amaram.
Desta vida nada se leva,
Mas, quero levar quatro coisas,
Uma lanterna ou uma vela,
Para iluminar meus caminho,
Se por acaso, entrar pela escuridão,
Quero levar um celular com créditos,
Para ligar pra quem foi falso comigo,
Quero levar um tablet,
Para zoar meus amigos pelo facebbok,
Com mensagens do além...
Uma cachacinha de salinas,
para brindar com o chefe,
e tomar um porre no céu.
Quero alegria,
Como em todo velório,
Risos, piadas, cafézinho, bolachinha,
E se possivel,
Champanhe para comemorar,
Pois, provavelmente,
Estarei indo para um lugar melhor.

E as minhas poesias,
Que sejam transformadas em livros,
As minhas memórias,
Deixando neles o meu legado.
Preventivamente,
Vou impetrar um mandado de segurança,
pois, me recuso a ir pro inferno,
Já experimentei o calor daqui,
E lá deve ser bem pior.
Também impetrei um habeas corpus,
Pois, liminarmente,
Quero, ainda, mais um tempo,
Para ir e vir, na vida que vou levando.
Mas, se for negado provimento,
e eu tiver que ir,
Quando eu morrer,
Batam palmas pra mim,
Cubram-me com a bandeira do Santos
e do Botafogo daqui...
Meus times preferidos,
E catem uma musica...
" segura na mão de Deus,
Segura na mão de Deus,
Que ela, ela te sustentará...
Ëntão irei grudado na mão dele,
Para náo me perder no caminho.
E se eu voltar aqui,
Não tenham medo,
Voltarei para proteger minha familia
meus parentes,
meus amigos,
meus inimigos....
E quem me amou,
Estarei por perto,
Para fazer com que elas,
Sejam felizes,
mesmo longe de mim.
Você pode pensar que sou pecador,
mas não sou não,
Faço tudo por amor,
Santo de pau oco,
sem sufoco,
não sou fanfarrão.
E assim,
Quero continuar vivo,
Depois que eu morrer.




 

 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 14/02/2014
Reeditado em 14/02/2014
Código do texto: T4690848
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