SONETO DE INFIDELIDADE

Dei tudo ao meu amor desatento

Antes e depois e caros e sempre e, tanto,

Que mesmo em débito com o banco

Dela era casa, o carro e o cheque em branco.

Por desejá-la vivi esses tormentos

E, a seu favor eu denegria meu nome,

E, ela ria enquanto eu derramava o pranto,

Ao meu pesar e o meu endividamento.

E, assim, quando mais tarde eu fali,

Não tinha mais nada, e na bebida caí,

Quem sabe a solidão por falta de perdão,

Faça-me refletir que o amor que vivi,

Não era imortal posto que é ambição,

Mas que foi finito por falta de um quinhão.

Raquel Fadel
Enviado por Raquel Fadel em 10/12/2013
Código do texto: T4606956
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