TRÉGUA
A leseira bateu à porta
E nada mais me importa,
Vou fechar para balanço.
Fingir que estou dormindo
E tudo ao redor está lindo,
Nada precisa de avanço.
Passar uns dias calada,
Sisuda... Sem dizer nada,
Esperando o novo ano.
Depois, vou soltar a língua!
Não quero morrer à míngua,
Nesse mundo desumano! ...
***
Maria do Socorro Domingos
João Pessoa, 29/11/2013