O INFERNO DE CAGAR
O INFERNO DE CAGAR
Todos os dias tem que sentar
Esperar e relaxar,
Sentir o bolo passar
E lutar pra defecar.
O prazer que pode mudar
Porque é todo dia evacuar,
A limpeza que pode prejudicar
O ânus não agüentar...
A dor vem apontar
Ninguém pode livrar
Enquanto a agonia perdurar
Uma bolha a habitar.
Vindo a se instalar
Tomando o reto, a inflar
Na hora do desespero ocupar
E sempre a nos lembrar.
Que está perto de obrar
Num calor da ansiedade
A bolinha vem aflorar
Neste inferno de cagar.
Homenagem aos gladiadores dos banheiros, em sua batalha diária.
Marcelo de Oliveira Souza