LEI DO DIVÓRCIO

História da época da droga!

Estava em voga, andar à soga!

O passado, se passa agora!

A minha sogra é uma goga,

pesa tanto que afunda piroga,

mas um dia, ela ainda me paga!

Vou mudar, vou de outra regra,

vou mudar, jogar outra praga!

Que ela vire estátua de pedra!

Já estou tendo o escroto cheio!

Sou maroto, liberdade meu anseio!

Ombro de estátua, pombo defeca feio!

Ela não aconselha, dá palpites!

Pra empatar e ficarmos quites,

vou fazer petição de desquite,

pois no país, é o melhor negócio,

pois de imediato não há divórcio!

Estamos no regime ditadura,

governo duro de linha dura,

governo do escreveu, não leu,

entra sim, no pau do cassetete,

mil novecentos e setenta e sete!

Geisel já era o atual presidente!

Nesta data soltei fogos com afinco,

foi promulgada a lei do divórcio

lei número seis cinco um cinco,

seis mil, quinhentos e quinze!

Então, pratico outro negócio,

desquito, pratico o divórcio

e outro casório, consórcio,

casamento, conúbio, enlace,

himeneu, matrimônio e tálamo!

Nos dias atuais, não se engrace,

pois ainda em nada mudamos!

Nem eu, nem o mundo e nem sogra

mudamos, pois se fosse o contrário,

nem Chico Anísio e nem Fábio Júnior

teriam se casado tantas vezes!

No entanto, nada se modifica!

Não está tendo tanta desunião,

pois a união hoje é juntamento,

nem é, mais tanto, por casamento!

Torrinha, 26/08/1977 (Original)

Foz do Iguaçu, 24/08/2013 (Modificado e Adaptado)

andar à soga=estar enamorado

piroga= canoa

goga=valentia, fama de brava

Nelson M Teixeira ou Nelmite
Enviado por Nelson M Teixeira ou Nelmite em 24/08/2013
Reeditado em 24/08/2013
Código do texto: T4450019
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