LATINHA

Quando estava no meio do salão,

levei um murro,não foi de raspão,

no assoalho ,caí e ajoelhei.

Me acertaram no pé do ouvido,

fiquei ouvindo o estampido,

quem bateu ,até hoje não sei.

Despertaram o meu lado animal

e aquele baile de carnaval,

por pouco não quebro tudo.

Na rasteira,uns vinte derrubei,

homem ou mulher,não enxerguei,

quebrei a cara de um cabeludo.

Até quem estava na escada,

tambem entrou na bordoada,

quem não apanhou era criança.

ate um mulato de transinha

fiz ele engolir a latinha

enchí a fuça do segurança.

O pessoal que na banda tocava,

sem ter culpa tambem apanhava,

quebrei a guitarra e um violão.

Erguendo um cara pela guela,

saí fugindo pela janela,

estava chegando um batalhão.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 09/04/2007
Código do texto: T443277
Classificação de conteúdo: seguro