LATINHA
Quando estava no meio do salão,
levei um murro,não foi de raspão,
no assoalho ,caí e ajoelhei.
Me acertaram no pé do ouvido,
fiquei ouvindo o estampido,
quem bateu ,até hoje não sei.
Despertaram o meu lado animal
e aquele baile de carnaval,
por pouco não quebro tudo.
Na rasteira,uns vinte derrubei,
homem ou mulher,não enxerguei,
quebrei a cara de um cabeludo.
Até quem estava na escada,
tambem entrou na bordoada,
quem não apanhou era criança.
ate um mulato de transinha
fiz ele engolir a latinha
enchí a fuça do segurança.
O pessoal que na banda tocava,
sem ter culpa tambem apanhava,
quebrei a guitarra e um violão.
Erguendo um cara pela guela,
saí fugindo pela janela,
estava chegando um batalhão.