O PATO DO IRINEU

Fui convidado para um jantar

Lá na casa do Irineu

Um sujeito bonachão

Que era um velho amigo meu

No menu, carne de pato

Temperado com laranja.

Tratei de fazer meu prato

De entrada, provei canja.

Veja só! Vou lhe contar

O que foi que sucedeu

Um negócio de espantar!

Ninguém gostou e nem eu.

No meio da comilança,

Alguém lá da vizinhança,

Berrando, feito criança,

Chegou, parou a festança.

Armou uma gritaria

E foi logo perguntando:

Onde está o meu bichano?

Sumiu nossa gataria!

No meio da confusão,

Irineu se escafedeu.

Cadê, ninguém sabe dele?

Onde foi que se meteu?

Depois dessa armação,

Nunca mais se ouviu miado

À noite, um sono tranqüilo,

Foi que resultou daquilo.

Amelius
Enviado por Amelius em 10/07/2013
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