O PATO DO IRINEU
Fui convidado para um jantar
Lá na casa do Irineu
Um sujeito bonachão
Que era um velho amigo meu
No menu, carne de pato
Temperado com laranja.
Tratei de fazer meu prato
De entrada, provei canja.
Veja só! Vou lhe contar
O que foi que sucedeu
Um negócio de espantar!
Ninguém gostou e nem eu.
No meio da comilança,
Alguém lá da vizinhança,
Berrando, feito criança,
Chegou, parou a festança.
Armou uma gritaria
E foi logo perguntando:
Onde está o meu bichano?
Sumiu nossa gataria!
No meio da confusão,
Irineu se escafedeu.
Cadê, ninguém sabe dele?
Onde foi que se meteu?
Depois dessa armação,
Nunca mais se ouviu miado
À noite, um sono tranqüilo,
Foi que resultou daquilo.