# DE MAL A PIOR
Andei descascando aborrecido uns abacaxis,
segurando pepinos, pegando rabo de foguete.
Foi um casamento mal feito pro lado da Pavuna.
Desses lascados que a festa acabou no porrete.
A moça engordou antes do previsto e tudo atrapalhou,
não que fossem inexistentes as noites de caloria sensual,
mas pelo associado da barriga com um outro sorrateiro.
Que por cima achou que ser convidado não seria mal.
Tudo ia bem até os exagero dos etílicos més.
Pra uma gente que também tinha uns trabucos.
Até então mexida com a família da moça era pedreira,
de pais bravos indo esbarrar nuns irmãos malucos.
O que encasquetou foi a moça baldear sem rumo,
pro lado do tal num desaforado proceder belicoso.
Manter a calma e não rodar uma baiana foi barra.
Por ali mesmo acabava qualquer assunto amoroso.
Mas do lado inverso parecia florescer um revés,
porque tinha quem quisesse me enviar pro coveiro.
E a pancadaria fez a festa virar um tsunami.
A policia varreu os cacos e de novo fiquei solteiro.
Sumi do mapa. Fui pra Corumbaíba no Goiás.
Trabalhar numa roça de tomate dum francês,
De noticia de um nortista viajado fiquei sabendo,
que o rebento era um africano meio japonês.