“Um dinheirinho, pelo amor de Deus"
“Um dinheirinho, pelo amor de Deus,
estou faminto louco por meu pão,
também quero passar por um dia são,
seja bom, me veja como um dos seus.”
Mendigo desgraçado, com meus brios,
mexeu, me fez puxar minha carteira,
dar minha grana, fazer a besteira,
dar alimentação a um ser tão sombrio.
E o danado do mendigo foi em frente,
levando meu dinheiro rumo ao bar,
com riso soturno ordenou cachaça.
“Tu bebes, Zé Ninguém, tens o desplante?”
E o peste respondeu sem hesitar:
"a mixaria só dá para a manguaça".