A resposta do cumpadre Edegar (Desafio)

Autor da primeira part6e: Edegar Soares

BUENAS CUMPADRE VÉIO,CHEGUEI!

e de longe avistei

a tua COBRA bendita

andava no PANTANAL

muito triste e SÓLITA

Não tinha nada prá ver

naquele triste viver

resolveu vir comigo

prá que eu seja seu AMIGO

Nesta arte de escrever.

Vou lhes contando em verso

que tem um novo sentido

quer por mim ser aquecido

no verão e no inverno

quer ter meu amor paterno

pois andava abandonada

sem carinho de ninguém

nesse triste vai e vem

que esta os aeropôrto

um caos e desconforto

A COBRA veio de trêm.

A BICHINHA na minha volta

me olha meio assanhada

quer prá cama dar SESTEADA

EU digo-é muito cedo

me larga um bafô azedo

com loucuras no olhar

com jeito de me AMAR

já me paro " emcabulado"

ela diz- vem meu AMADO

Que quero te triturar

digo;- para com isso cobrinha

tem muita gente olhando

E o RECANTO observando

no que vai acontecer

quer que eu encante teu VIVER

não importando a hora

queres ser minha SENHORA

Prá te levar pros PELEGOS

E ter comigo "ACONCHEGO"

Cada noite e cada HORA.

vou ficar preocupado

na MISTÚRA que vai dar

E a CRIA que vai BRÔTAR

fazendo este CRUZAMENTO

de LAGARTO ou JUMENTO

JAVANÉ ou COBRA-DÁGUA

TRISTE sina-triste MÁGOA

O nosso APAIXONAMENTO.

Te prometo CUMPADRE

Quando der tal " REBÚLIÇO "

QUE A IMPRENSA faça O SERVIÇO

fazendo seu COMENTÁRIO

TEM HOMEM E COBRA EM CASÓRIO

NA IGREJA DAS DORES

VÃO BRINDAR NOVOS AMORES

OU É MARCA DE VELÓRIO.

E já me largo CUMPADRE

Meu tempo me ARRASA

Se minha COBRA ficar BRAVA

EU LEVO PRÁ TUA CASA.

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E então, escrevi mais esta parte, em tréplica (hehe)

Pois traga pra minha casa

Esta cobra endiabrada

Que eu corto e asso na brasa

E sirvo com uma boa salada

De alface com rabanete

E salpicada de alho

Que esta cobra é valente

Como um valete de baralho

É mansa, nem dá trabalho

Quando se sente satisfeita

Tendo comida e agasalho

Fica com sono e se deita

Mas é uma cobra maleita

Não é cobra de pirralho

Teatina, ela se ajeita

Até embaixo do borralho

Ela quer é um lugar quente

Nem que seja no assoalho

Contando que se ajeite

Qualquer canto quebra o galho

Importante pra este bichinho

Que é uma cobra carente

É ser tratada com carinho

Por alguém que a respeite

Que trate bem a coitada

Que já sofreu pela vida

Já foi muito maltrada

Mas também muito querida

E agora está apaixonada

Porque acabou de encontrar

Um poeta da pesada

Que quer com ela casar

E a cobra anda em sonhares

Com o dia em que vai assinar

O honrado sobrenome Soares

E ser a senhora do Edegar

E assim ninguém mais vai ter dó

Da cobrinha abandonada

Vai ser cobra de um homem só

Uma senhora cobra casada

Com um nome honrado e decente

Ninguém mais vai falar nada

E a cobra vai poder finalmente

Cuidar da casa e da filharada

E o cumpadre Edegar bem contente

Feliz da vida por ser tão amado

Anda pela rua todo sorridente

Passeando com a cobra do lado