CASA SEM TELHADO

Eu moro numa casa sem telhado.

Pela manhã quando fui abrir a janela

entrou por ela de repente um velho macaco.

Senti emanar dele o cheiro fétido de esterco.

O macaco passou por mim bem rápido.

Apesar de ser velho era um macaco esperto.

Ele pulou imediatamente para cima do armário.

Tentei sem exito algum espantá-lo.

De noite ele vinha e entrava pelo teto.

Eu nem podia pegar no sono.

Que macaco mais infernizado!

Nem na minha casa sem telhado

eu posso ter o sossego que quero.

O macaco fica o tempo inteiro

Pulando de um lado a outro do quarto.

Nunca mais em minha vida de adulto

moro em casa sem telhado.

Em casa onde entra macaco

não se pode dormir sossegado.

Poesia inspirada lá no Centro do Idoso

dentro da sala de aula do Eja.

BH 05/11/2012 E AUTERAÇÕES EM 02/04/2013