GUERRA FRIA

Havia uma guerra fria

entre a China e a Turquia

sem intervenção da CIA.

Mil mensagens enviadas,

todas interceptadas,

eram logo decifradas.

Até que uma bem pequenina

foi enviada da China.

Eram três letras iguais;

três letrinhas, nada mais.

Eu vou contar pra você:

era T. T. T.

Alvoroço na Turquia.

O que a mensagem diria?

Trabalharam noite e dia,

mas a dúvida crescia.

Porém, eis que de repente,

viram surgir-lhes à frente,

famoso decifrador:

um humilde mercador

dos contos de Malba Tahan.

Um cara meio tan-tan

que alguém mandou chamar.

Foi: chegar e decifrar.

Quer saber o que dizia?

TÉRO TOMÁ TURQUIA.

Nem todos acreditaram;

muitos até debocharam:

Mas que grande bobagem!

Eu acho que é s...nagem!

Não passa de brincadeira.

Que besteira! Que besteira!

Mas, pelo sim – pelo não,

é bom tomar precaução.

E, também com três letrinhas,

também iguais e juntinhas,

o turco contra-atacou

e o chinês interceptou.

E eu vou contar pra você:

era B. B. B.

Agora era a vez da China

decifrar a “pequenina”.

Dias e noites de ação

e nada de solução.

Então convocaram um monge

que veio de muito longe

(de um filme de kung fu)

pra remexer o “angu”.

O ancião cego e aleijado,

já tinha até decifrado:

chamou o oficial,

desculpou-se e-coisa-e-tal,

falou-lhe ao ouvido e saiu.

O oficial quase caiu.

Quer saber o que ele ouviu?

BAI BUTA BARIU!