PROTUBERÂNCIA
Meu Deus, que grande barriga!
Eu vejo ali no espelho,
Eu tento cobrir com a camisa,
Mas, já chega quase aos joelhos.
E eu que era um atleta,
Fininho, cheio de elegância,
Agora, estou com uma pança,
Que muito me desconserta.
Não sei se é culpa da cerveja,
Sedentarismo, comida ou pela idade,
Só sei que tenho muita saudade,
Da minha antiga silhueta.
Eu vejo vários barrigudos,
Passando, sorrindo, bem tranquilos,
Desfilando seus cento e tantos quilos,
Bebendo e comendo de tudo.
Eu tento ginástica, esteira, caminhada,
Mas, não acontece nada,
Tá lá a maldita barriga,
Pensei em fazer até lipo,
Mas, em seguida, desisto,
Por medo de morrer ou de intriga.
Então, só me resta a opção,
De jogar futebol à exaustão,
E queimar esse horroroso "pneu",
Mas, logo me vem uns temores,
De os outros jogadores,
Acharem que a bola sou eu.