Uma tragédia

Andava mijando errado,

Com a urina em atraso,

Era uma gota no vazo,

Três ou quatro no chão,

Quando não, no sapatão,

Na calça ou no carpete,

Ou em mim, que topete.

Que tamanha porcaria,

E o tico parecia,

Mangueira de jardim,

O cérebro mandava...

O tico não obedecia.

Quando a bexiga enchia,

Eu mijava a prestação,

Toda hora no banheiro...

Como procissão,

Uma ida atras da outra,

Em mijada marota.

Contrariando o meu zelo,

Pra beber era um camelo,

E pra mijar um conta-gota.

Depois de passar um tempo,

Convivendo com esse horror,

Fui atras de um doutor,

Que atendesse meu pedido,

Me desse um comprimido,

Para tomar garganta a baixo,

Tenho certeza, não acho,

Bem antes que prossiga,

É importante que diga,

Que não deixo de se macho.

Mas... voltando ao caso,

É natural que reclame,

Depois de monte de exame,

De urina a ecografia

E até fotografia

Da arma de transar.

Ajoelhado em um pinico,

Me enfiaram um troço no tico,

Que dói só de lembrar,

E ainda dei o meu sangue.

Tomei um grande choque,

Quando me falaram em... toque.

Achei desagradável,

Pra homem... imperdoável,

Dedo grande procurando vaga,

No lugar por onde a gente caga.

Veja só que dilema,

O tico da problema

E o rabo é que paga.

Tentei vários argumentos,

Fugi o quanto pude,

Mas.. se é bom pra saúde,

Não deve fazer mal...

Expor o meu anal.

Não é o que se quer,

Fazer papel de mulher.

Mas de acordo com os planos,

Tirei logo os meus panos,

E... salve-se quem puder.

Foi mais que estupro,

Me entrou ardendo,

Ai fiquei sabendo,

Como é cagar pra dentro.

Aquele dedo nojento,

Atolado sem piedade,

Judiou, como diz o gaúcho, barbaridade,

Que alivio quando saiu,

Não vou sentir saudade.

Enfiei a roupa ligeiro,

Com vergonha e desconfiado,

Vai que o doutor abusado,

Sem dó das minhas prega,

Chama-se outro colega,

Pra uma segunda opinião,

Torci meu narigão,

Fiz cara de bravo,

Pois... dois mexendo no meu rabo,

Pra eles ia ser diversão.

Depois daquela tragedia,

Que pior pra mim não tem,

Não falei nada a ninguém,

Pra evitar o falatório,

Mas se alguém falar...consultório,

Sinto até medo,

Não faço segredo,

Do medo que trago.

Mas cada vez que eu cago,

Me lembro...o tamanho do dedo,

E do meu rabo invadido.

Isso é sacanagem,

Avental branco ?

Nem para massagem.

Arialdooliveira
Enviado por Arialdooliveira em 20/01/2013
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