A MÁQUINA DO RISO

Ontem meus dois netos e eu

Brincávamos no quintal

Até que algo me ocorreu

E lhes falei, muito formal:

Preciso de um chapéu pensador

Como o do professor Pardal

Pode ser simples, sem primor

Mas tem que ser especial

Eu compro esse chapéu

Mas peço muita discrição

Tenho medo de escarcéu

Pois vou precisar de concentração

É que de uns tempos pra cá

Estou sentindo que preciso

Rápidamente inventar

Uma máquina que produza risos

Ouvindo isso, minhas crianças

Riam e rolavam na grama

E eu ali com desconfiança

Senti um cheirinho de trama

Até que os dois danadinhos

Disseram a máquina já ter

E saíram bem rápidinho

Me deixando sem nada entender

Voltaram sempre a rir

E eu senti meu rosto vermelho

Pois em frente ao meu nariz

Colocaram um enorme espelho

Rosangela Martins
Enviado por Rosangela Martins em 15/12/2012
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