Vida de sardinha
Latas de sardinha passam na minha frente. Abarrotadas até a boca.
Não temos muita escolha.
Quando elas vêm, vêm transbordando. Quando acabam-se os corpos, elas não vêm mais.
É tudo uma exaustiva dança. Espera, passa, pega, espreme, pernas, bocas, braços e adendos.
No fim, mais uma sardinha sai aliviada no caminho para casa.