SENTE (há um bom tempo)
Sente e vê que não estamos sós
Sente e vê que não só somos nós
Sente e vê que estou sonhando com você
Sente o aroma dos campos enlamaçados em que deitamos juntos
Sente que é por você que me sinto livre
Sente que é por você que estou gostando de discutir coisas idiotas
Sente que estamos sujos da lama destes campos atoleiros
Sente os mosquitos nos matando, e nós somos os mosqueteiros!
Sente a liberdade sua me contagiando
Sente o aroma da flor destes campos
Sinta que está se cheirando!
Sente, sinta-se bem...
Sente, velamos o padecer do crepúsculo macio
Sente-se! Pois estávamos deitados...
Levante-se! Vamos ser atropelados!
Sente que a noite opaca chega hoje ainda
Sente que vamos hoje nos dar
Sente que vamos nos sentir, finalmente!
E finalmente o paraíso chegar
Sente e aceita minhas desculpas urrantes em manadas
Sente eu me desculpo, pois farei coisas erradas:
Sente, sua, soa, sem sumir...
Sinto seu sumo simples Sinhá
Sente as folhas que caem secas a cortar
Sente que é tarde da noite e eu preciso voltar.
(...)