O TOQUE DE AFRODITE*




Uma pessoa, carente, solitária
Resolveu tecer na malha
O bordado da seu tesão
Aquele insistente espião...

Aquele ser complacente
Achou seu desejo ardente...
Só... Olvidou seu coração
Aquele obtuso vilão...

Mas, não acalmou o sentido,
Colocou na banheira hidro
Muitas pétalas, óleos e cheiros
Colocou muitos temperos

Pra acalmar sua inquietação,
Porque insistia a solidão...
E a tal comemoração...
Era pura especulação...

Mas não se deu por rogada.
Entrou no banho perfumado
E sem a menor contestação,
Afrodite pegou sua mão...

Fechou seus olhos, e então...
Esqueceu da solidão...
Pensou: De mim pra mim
Eu me amo mesmo assim...

! Poema Inédito.

* Núcleo Temático Romântico.

Ibernise M. Morais Silva. Indiara (GO), 14.02.2007.
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