DESCENDO DAS TAMANCAS

Deixei de ser um fantoche

Nas mãos da minha mulher

Dei um pau na nega véia

Me acredite quem quiser

Mandava eu obedecia

E ela xingando atrás

Na hora do deita e rola

“ sai pra lá seu incapaz”

Eu era pior que capacho

Judiado que nem cachorro

As “veis” eu tinha vontade

Ate de pedir socorro

Ate que de saco cheio

De ser feito de tetéia

"Esgualepei" ela a laço

E botei nos eixo essa véia

Eu não passava de ovelha

Antes de ser lobo mau

Pulava no meu cangote

Me riscava o lombo a pau

Tudo o que ela pedisse

Eu ia correndo e fazia

levava até chá na cama

Com bolachinha maria

Mandava eu ficar em casa

Saia com as sirigaitas

Vestindo uma mini saia

Mostrando a capa da gaita

Depois que acertei a véia

Quando desci das tamancas

Trabalha e cuida da casa

Não sai mais "rebolá" as "ancas"

Era vamos varre a casa

Limpa a louça, e lava a roupa

Depressa vai fazer "bóia"

Nem vem de garfo que é sopa

Hoje o “tróço” é diferente

Acordo com mate na cama

Ganho ate "bóia" na boca

E de sobremesa me ama

Silvestre Araujo
Enviado por Silvestre Araujo em 17/05/2012
Código do texto: T3673362
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