BOTECO DO MANGA GRANDE
Me palpitou a bolada
E me enterrei igual minhoca
Pra vender canha de copo
Nos pagos da "bossoroca"
Vai gente de todo canto
Na canha afogar as magoas
E o meu boteco ta sempre
Entupido de pau-dàgua
Pra por ordem no recinto
E ajeitar os bagaceiras
Deixei atrás do balcão
Metro e meio de mangueira
Meu boteco é sempre calmo
“Igualzito” água de sanga
Pois ninguém sente vontade
De “esprementar” minha manga
Mas se algum tipo quiser
Retoçar que nem cachaço
Me desculpe a freguesia
Mas este encho a mangaço
E cada mangaço que dou
Pode contar que é um tombo
Em quem se passar na canha
E sentir coceira no lombo
Ate mesmo as irmãs do trago
Dos lábios cor de pitanga
Não saiem do meu boteco
Pelo respeito da manga
Me dei bem neste negocio
E não è querer rogar praga
Mas vou mandar nos botecos
Ate de São Luis Gonzaga
A minha freguesia è boa
E não è de fazer pirraça
Pois se alguém arcar o lombo
A minha manga lhe abraça
Meu sistema è bem assim
E como o negocio se expande
O povo ate já apelidou
“Boteco do manga grande”