Bem que poderia ser verdade...
Hoje não precisei pagar o que comprei!
Ganhei o desejável conversível!
O combustível foi de graça, não paguei!
Esbarrei com a cura da minha amada;
Ví uma fada, um gnomo e um anão morto!
No cais do porto, minha escuna ancorada!
Vi que as estradas já não tinham mais buracos;
Dei dois nacos de pão ao Sílvio Santos,
Que sob prantos me pedia, em farrapos!
Ví os trapos que vestiam a Marise!
Sob marquise, Antônio Ermírio, me adulava!
Mostrava velhos pertences numa valise.
É bom que eu frise: Esse narrar tão pueril,
Não foi vil sonho, medonho, desordenado...
É meu legado ao primeiro de abril!
Ronaldo Rhusso