IRREVERENTE

Primeiramente olhou tão displicente,

E em seguida mais atentamente

Fugir não pude e nem ficar ausente

Olhar colado ao branco de seu dente.

Tudo girou, fiquei perdidamente

Apaixonada, amor que fatalmente

Estava escrito, desde antigamente

Fugir não pude, nem ser reticente.

Então cedi, na entrega mais ardente

Eu conheci o céu, que lindamente

Pra mim se abriu e ri de tão contente...

Por fim não posso ser indiferente

Como se tudo fosse tão urgente

Nele me agarro, intempestivamente.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 25/03/2012
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