MAIORCA Tupiniquim - fonte de inspiração

SINOPSE

Versa sobre infiltrações em condomínio. Direitos de todos os cidadãos consagrados na legislação não são respeitados por muitos administradores (síndicos, subsíndicos, membros de Conselhos existentes, etc). Certamente muitos leitores têm passado por problemas semelhantes.Desacreditando a Justiça, não movem as ações cabíveis.Devem fazê-lo, pois será um freio para a falta de incúria.

PRÓLOGO

“O homem faz a história a partir de uma realidade que ele encontra, e só a partir dela”. (Paulo Freire)

É difícil acreditar-se que esta poesia foi inspirada em fato que ocorre em um apartamento de cobertura, à beira-mar, comprado com sacrifício do trabalho árduo de toda uma vida. Não foi recebido por herança alguma. Esta, foi a inquebrantável retidão de caráter, dignidade, civilidade, respeito, consideração aos demais, coragem, estudo e legado ético e moral que fizeram de seus proprietários criaturas DE bem e DO bem.

No entanto, o referido imóvel, encontra-se tomado por goteiras, mofo, fungos vários… que têm causado diversos problemas de saúde aos seus ocupantes. A origem? Infiltrações provenientes das tubulações que correm longitudinalmente sobre o teto do apartamento e que distribuem água para as demais unidades do prédio.

Vez que há dez longos anos essa falta de zelo e boa vontade em consertar o que é da obrigação do mal administrado condomínio, e sendo a vítima desta incúria escritora, decidiu compilar a miríade de acontecimentos em tons humorísticos, satíricos e até irônicos .

Revela que com criatividade e fé, pode-se, de um fato negativo, transformá-lo em positivo e ainda fazer poesia inteligente, irônica. Acima e além é possível ainda ajudar os demais que tenham tido,ou têm problemas criados e não resolvidos, pelos responsáveis pela administração (síndico, subsíndico, conselhos… ) de seus respectivos condomínios.

Escrever assim É SERVIÇO – MESMO – DE UTILIDADE PÚBLICA.

Durante esses longos anos, tem enviado e-mails para os irresponsáveis responsáveis e esses, alheios ao cumprimento de seu dever, não solucionaram os referidos problemas, obrigando-a a agir.

Pela decorrência de cerca de uma década, e tendo acumulado material suficiente, dará a vítima boa finalidade ao exaustivo trabalho que tem tido: escreve outro livro. Este compreenderá contos, crônicas e inclusive indicações para leigos. A legislação pertinente ao assunto será tratada de maneira didática e fácil a orientar como agir, quando problemas surgirem nos condomínios onde moram.

“Não há direitos pequenos. Se desrespeitados, devem ser defendidos. É uma forma de exercer a cidadania’ .

Será de ajuda para outras ‘vitimas‘ e de alerta para aqueles que não estejam a cumprir seus deveres e imaginam que têm o direito de afrontar as leis. O título provisório: ” IRRESPONSABILIDADE dos SÍNDICOS, DIREITOS DOS PROPRIETÁRIOS: historiais surreais.”

Mirna Cavalcanti de Albuquerque Rio de Janeiro, 15 de Março de 2012

“MAIORCA Tupiniquim” – fonte de inspiração

Noite insone.

Estava irrequieta

Sentia quase agonia…

Há meses não chovia.

Porem, seguia sem parar

de todos os tetos o gotejar.

Sucessivos, irritantes,

ritmados, compassados,

iguais e irmanados pingos

caiam: Ping, ping, ping…

E tantos, que formaram –

acreditem! Longas, contínuas,

crescentes estalactites…

Ping, ping, ping…

A poeta, enquanto escrevia,

Pensava na irresponsabilidade

Dos que isso permitiam…

e a situação não resolviam…

Porém, todo o mal traz

sempre um bem…

E foi o que ocorreu.

Se na paradisíaca Maiorca

os pingos inspiraram CHOPIN

ela, em terras tupiniquins,

vez que por si, aos estragos

não poderia dar um fim

(por não ser responsabilidade

sua, mas do condomínio)…

Há tempos – e muito tem escrito

sobre esta surreal realidade.

Editores têm-na contatado.

Ainda não decidiu com qual

deles, contrato irá firmar.

Está mesmo aberta a ofertas de

outros mais – daqui e d’além-mar.

O final dessa história será justo.

Deus não proteje os malvados.

Por seus atos serão julgados;

exsurgirá a verdade: execrados.

E o livro? Certamente irá ‘bombar’ !

Mirna Cavalcanti de Albuquerque Rio de Janeiro, 15 de Março de 2012