TE CUIDA, SAPO!
E no meu reino encantado
O príncipe sempre foi sapo
E a princesa (eu) vive esperando
”dias melhores virão”.
Fiz todas as magias possíveis
O cobri de carinhos e presentes,
Mas ele continua verde e impassível
Tentei enfeitá-lo de rosa, xadrez
Muitas cores e acessórios
Mas o amarelado de sua barriga
Não adere as cores fortes
Tentei feitiços com palavras doces
Mas parecem não tocar
Nem o corpo nem o coração já envelhecido.
Tentei muitos elixires multinacionais
Mas o álcool contido neles
Não fez o efeito esperado.
Tentei todos os toques de saudades
Mas não há retorno alegre para mim.
Nos momentos menos “sapo”
Demonstra só curtir o afeto recebido
Invisível algum gesto de recíproca.
Sai do castelo da princesa boba,
Despedindo-se sem promessas,
Nem um: Voltarei, amor!
E volta para seu brejo solitário,
Onde não pensa em ninguém
Só em si mesmo, (sorrindo)
Com uma vaidade dos bobos,
Esquece que a “princesa” também
Pode ter seu lado “bruxa má”
Saindo por ai com a “vassoura”
A buscar um pouco mais do que
Recebe minimamente, do “sapo”.
Então, sapo vaidoso,
Cuide melhor daquela “princesa boba”
Ela pode te trocar por outro sapo
Mas muito mais carinhoso
Virando um príncipe encantador!
Irene Freitas
09/02/2012