mal-entendido

ainda que sob o ponto de vista

da onomatopéia,

não havia razões pra que eu

a chamasse de Ângela

e você entendesse:

mocréia.

creia-me:

isso seria o resultado

da interação progressiva

da sua capacidade

de auto-depreciação

com a minha incapacidade

de insanidade absurda

diante de uma mulher sensual,

cuja beleza anormal

ultrapassasse a minha percepção

visual

para instalar-se na comoção

de meus sentimentos mundanos,

instando-me a falar

um monte de besteiras

para parecer insano,

por achar que você se parece

com o tipo de gata

que se endoidece

por um cara maluco...

com certeza,

longe de ser

um maluco-beleza.

mas como eu queria ser

Raul Seixas...

por um dia apenas,

como eu queria...

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 10/12/2011
Código do texto: T3381527
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