Ação da Adição

No medievo

Padres

de batinas cantavam

“orapronobis”

Cobriam seus rostos

com seus capuzes

ao ver mulheres

(Bruxas?).

Cruzes!

Depois de Deus,

Só nossas colheres!

No romantismo

cantigas e juras de amor

entoadas por suicidas

para seus amores

(Amadas?)

Eram santas

em andores

e depois só

seus odores

(Amantes).

No presente

só PRESENTE

todo dia.

Imagem é tudo!

A Personal

deixa-me estrela

e me desvira

de ponta a cabeça

de mão no chão

(lona da cama elástica)

e de pé no céu

(forro da academia).

...e a música em balada

estoura na parada

“Tonight lá lá lá lá on the floor”.

MALDIÇÃO

Cada tempo uma adição

e outra subtração.

L.L. Bcena, 01/12/2011

POEMA 010 – CADERNO: INSTANTES.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 02/12/2011
Código do texto: T3368544
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