Uma folga pro meu bem
Ouço a voz, sincera, amiga
E vou te dar um descanso.
Observo uma formiga
Numa rede de balanço.
Ela sobe na parede
Anda sem rumo a coitada
Eu balançando na rede
Juro que não penso em nada.
Eu e a formiga, em comum
Temos horas, tantas, vagas
Meu coração faz tumtum
Ela se perde em suas sagas.
O Romeo, onde andará?
Acho até que adivinho.
Toma sopa de cará,
Com prato de torresminho.
Cervejinha e o luar
O levam a falar sozinho
Mas não vai telefonar
Vai curtir ficar sozinho.