Uma folga pro meu bem

Ouço a voz, sincera, amiga

E vou te dar um descanso.

Observo uma formiga

Numa rede de balanço.

Ela sobe na parede

Anda sem rumo a coitada

Eu balançando na rede

Juro que não penso em nada.

Eu e a formiga, em comum

Temos horas, tantas, vagas

Meu coração faz tumtum

Ela se perde em suas sagas.

O Romeo, onde andará?

Acho até que adivinho.

Toma sopa de cará,

Com prato de torresminho.

Cervejinha e o luar

O levam a falar sozinho

Mas não vai telefonar

Vai curtir ficar sozinho.

ANJA PERALTA
Enviado por ANJA PERALTA em 09/10/2011
Código do texto: T3266863
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