Boneco
Estou em Olinda
E agora entendo, ô minha linda,
O porquê dessa cabeçorra
Nesse gigante boneco de pessoa.
O negócio mesmo e entender,
Perceber o que ninguém vê.
Ninguém para e observa
A dimensão da cabeça é a certa
O boneco me olha assustado
E se ri de mim um bocado
É que, no meio de tanta cabecinha,
A minha é a única grande. Só a minha.
Cheia de pensamentos,
Tempestade de ventos
Ô linda, o boneco cabeçudo me receita
Fecha os olhos, mexa a cabeça e aproveita!