ARREPIAR O PELO

Raios que o céu risca
eu aqui, soltando faisca,
só queimando neurônio...
Como um touro a bufar
soltando fumaça sem fumar,
xingando a mãe do demônio...

Hoje, a mãe do diabo apedrejo,
já que a vaca foi pro brejo
solto pela orelha a espuma...
Se me encontrar, agache,
estou fedendo como apache,
é hoje que a cobra fuma...

Estou abrindo o esguicho
não vou fugir do bicho,
e não vou mudar de rotas...
Não pensarei em religião,
podem me chamar de pagão,
verei o Juda perder as botas...

Não vou escrever mais nada,
só estou dando sapatada,
para derreter esse gelo...
Azedo como laranja lima,
vou e poetar com boa rima,
e deixo de arrepiar meu pelo...

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 07/08/2011
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