OBSESSÃO

OBSESSÃO

O poeta vê no crepúsculo seu opúsculo se perder

Arrogante se crê grande!

Mergulha no vernáculo para romper o obstáculo

e ver sua obra vencer!

Quer a palavra exata

a que revela o talento

Das formas inexpressivas ele quer estar isento

Nas profundezas do ser, em regiões abissais

vai em busca da expressão que o aflige e o inflama:

- indaga aos sábios de juízo arbítrio

- interroga os grámáticos e suas normas sintáticas

(rasteja aos pés da semântica)

Invade a Física Quântica!

Extenuando a desgraça...esgarça sua Natureza Humana!

Ao vê-lo em agonia, perdido na obsessão

um homem irreverente, desses na vida, pingentes

os que a sorte não bafejou...grita-lhe sarcástico:

- Em verdade, o que buscaste em toda parte , pobre vate!

É ARTE!

dacosta
Enviado por dacosta em 17/07/2011
Reeditado em 17/07/2011
Código do texto: T3100097
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