O bolo da mamãe

Tive que comer o bolo da mamãe.

Bem quentinho, recheado com carinho, amor, afeto;

Não servido num barzinho onde o garçom, por certo,

Me traria geladinha uma louraça aberta.

Coca deixa porre?... Fanta, Sprite? NÂO!

Nem queria a loura... preta, ruiva; então,

Só precisava que a mamãe n empurrasse tão decidida, língua de sogra à mão,

Na minha boca já tão cheia de...

Todo salgadinho, arroz com galinha, brigadeiro, empada... – Ai, mãe. NÂO!!!

Bate logo o parabéns; todos comem e já se vão!

Na minha época era assim. Ainda é... NÃO?!

E a velhinha não apagava mesmo que eu implorasse. Babo tudo e apago nada. Não!

Chega a hora... A primeira fatia de

Bolo cuspido, eu nem ofereço. Vai que faz mal! Quase jogo no pisão.

-Vou dormir; quase meia noite. Mãããe?!

-Mas sua tia trouxe agora a prima, a bisa, a vó e o neto;

-Tudo gente da família,... do teu sangue. Crééédo!

Tando porre nem doía. Cadê o a álcool aberto?

Seja Anidro, etílico... Não importa, não.

Me embriago ou Suicido. Eutanásia então.

IgorDiniz
Enviado por IgorDiniz em 23/05/2011
Reeditado em 27/05/2011
Código do texto: T2988672
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