O PINTO DOCE *

Um pintinho foi nascendo

Pela mãe foi rejeitado

Logo o dono da casa

Teve pena do coitado

O pintinho foi crescendo

Luxento e muito mimado

Com as crianças da casa

Ficou muito costumado

Era um pinto bem preto

E do pescoço pelado.

Vivia atrás das crianças

Encima da cama arrumada

Logo a dona da casa

Foi ficando bronqueada

Seu pinto é engraçadinho

Mas dele estou enjoada

Mesmo sendo bonitinho

Já estou muito amolada

Até encima da cama

Apronta sujeira danada.

O homem pegou o pinto

Mostrou as filhas do vizinho

Elas ficaram encantadas

Mas que pinto bonitinho

Levaram pra sua casa

Com todo amor e carinho

De tanto que ele comia

Ficou grande seu papinho

Foi ficando bem troncudo

Ficou grosso o danadinho.

* A referida poesia é de autoria de ( Manoel da Silveira Corrêa - conhecido em Vazante-MG como: Manoel da Tunica). Disponível em: http://rogerioscorrea.blogspot.com