NUM DOMINGO PELA MANHÃ
08.06.93.
Quase um conto policial
Prossegue irreparável o perseguidor
Suspirando arrufos de ódio
Praguejando todo seu rancor
Matar é seu vício, seu ópio
A vítima corria, não corre mais
Esquiva, não suporta mais
Fugir da certa morte
Ante o facão o inevitável corte
Do assassino, mãos tremendo
Seu cansaço nem sentindo
Nada a seu redor temendo
Só o desejo de matar tinindo
A vítima pede clemência
Sem saída, encurralada
Total é sua demência
O terror de ser atada
Nada ouve, nada vê
Nada segura o matador
Que só espera proceder
Na vítima sua última dor
Vê-se enfim sem saída
Prende-se em meio a contrações
Entende ser o fim da vida
O fim de suas aflições
O criminoso efetua o ato