NUM DOMINGO PELA MANHÃ

08.06.93.

 Quase um conto policial

Prossegue irreparável o perseguidor

Suspirando arrufos de ódio

Praguejando todo seu rancor

Matar é seu vício, seu ópio

A vítima corria, não corre mais

Esquiva, não suporta mais

Fugir da certa morte

Ante o facão o inevitável corte

Do assassino, mãos tremendo

Seu cansaço nem sentindo

Nada a seu redor temendo

Só o desejo de matar tinindo

A vítima pede clemência

Sem saída, encurralada

Total é sua demência

O terror de ser atada

Nada ouve, nada vê

Nada segura o matador

Que só espera proceder

Na vítima sua última dor

Vê-se enfim sem saída

Prende-se em meio a contrações

Entende ser o fim da vida

O fim de suas aflições

O criminoso efetua o ato

Marcelo Braga
Enviado por Marcelo Braga em 20/05/2011
Código do texto: T2982237
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