São Nitário
Ó, dor inestimável!
Vinde com tal brutalidade,
Rompe meus sentidos atordoados,
Deixa estes meus olhos borrados,
Tua visão me acalenta, ó São Nitário!
É branco feito nuvens,
E isso me conforta tal como arcanjos,
Sentado e paciente,
Nos em conjunto nesta lucubração,
Das tripas ao coração!
Santo és tu! E teu milagre,
É agüentar essas vis mágoas,
Que sem descanso lhe empapuça,
Do mal de minha fuça,
Ser tão gulosa!
Seja bela sua atitude!
E as lágrimas lhe descem, num vórtice,
E assim o indesejável,
O susto deplorável,
Deixa-nos para sempre!
Louvado sejas tu, meu amigo!
E que eterna seja nossa amizade,
Para que quando eu aclame teu palácio,
Em um lindo prefácio,
Nosso encontro se anunciar!