ÓCIO E PREGUIÇA! (DIFERENÇAS)
(Poema interativo com Suzana Heemann, no POEMA DO ÓCIO)
"É caótico
Natureza primeira de exaustão
Canção de tristeza, cansaço, mau humor
Finalmente, depressão, dor.
É assim que o ócio prolongado,
Nos leva ao ódio, à agressão
À desvalorização que, invasiva,
Paralisa, empobrece...
E assim é destruído o pouco de nós que restou,
Permanecem os ossos e a pele que os encobre..."
ÓCIO E PREGUIÇA!
Oh, cio!... O ócio,
mais que moleque
é capadócio!
Ócios do ofício,
com o tempo faz-se vício...
(E todo vício é propício
a despencar precipício!)
A preguiça atiça, energiza,
na medida em que alonga e estica,
repousa e agiliza, sem delonga...
um colosso, como carne no açougue
se for muito bife e pouco osso.
(Nada a ver com o Kabuletê
da Tonga da Milonga...)
A preguiça é um consórcio
comunidade com sócios,
não aleija e nunca mata,
mas põe rede lá no mato...
e é gostosa como um troço.
(Preguiça e ócio...
nada têm a ver com o bócio.)
Preguiça é brisa mansa do regato,
que embalança, então descansa
no embalo de uma dança
Sonolenta, sonorosa e lenta,
qual o chuá duma cascata...
(Estado físico-espiritual de *mamata:
um fiasco, uma rata!...)
Viva, portanto a preguiça
Caótica Apoplética Baiana!
Viva a preguiça pós-orgasmo,
que nos deixa de herança, o espasmo
na sensação feliz do *marasmo!
(Quem não se atira nessa manha,
não se assanha e eu fico pasmo!)
*mamata = sentido de moleza, coisa fácil...
**marasmo = sentido de melancolia...