ÓCIO E PREGUIÇA! (DIFERENÇAS)

(Poema interativo com Suzana Heemann, no POEMA DO ÓCIO)

"É caótico

Natureza primeira de exaustão

Canção de tristeza, cansaço, mau humor

Finalmente, depressão, dor.

É assim que o ócio prolongado,

Nos leva ao ódio, à agressão

À desvalorização que, invasiva,

Paralisa, empobrece...

E assim é destruído o pouco de nós que restou,

Permanecem os ossos e a pele que os encobre..."

ÓCIO E PREGUIÇA!

Oh, cio!... O ócio,

mais que moleque

é capadócio!

Ócios do ofício,

com o tempo faz-se vício...

(E todo vício é propício

a despencar precipício!)

A preguiça atiça, energiza,

na medida em que alonga e estica,

repousa e agiliza, sem delonga...

um colosso, como carne no açougue

se for muito bife e pouco osso.

(Nada a ver com o Kabuletê

da Tonga da Milonga...)

A preguiça é um consórcio

comunidade com sócios,

não aleija e nunca mata,

mas põe rede lá no mato...

e é gostosa como um troço.

(Preguiça e ócio...

nada têm a ver com o bócio.)

Preguiça é brisa mansa do regato,

que embalança, então descansa

no embalo de uma dança

Sonolenta, sonorosa e lenta,

qual o chuá duma cascata...

(Estado físico-espiritual de *mamata:

um fiasco, uma rata!...)

Viva, portanto a preguiça

Caótica Apoplética Baiana!

Viva a preguiça pós-orgasmo,

que nos deixa de herança, o espasmo

na sensação feliz do *marasmo!

(Quem não se atira nessa manha,

não se assanha e eu fico pasmo!)

*mamata = sentido de moleza, coisa fácil...

**marasmo = sentido de melancolia...

Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 22/04/2011
Reeditado em 18/05/2011
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