Fugindo de Vemaguet
(Caso verídico, uma dessas histórias que a gente escuta em barzinho)
Ele estava na boate Grilo, anos 70, em Cabo Frio.
John Travolta,
Olívia Newton Jhon as noites embalava.
Ele, louro, cabelos compridos, olhos claros, estatura mediana.
E sua partner lindíssima, davam show pelo salão.
Dançavam até a roupa colar no corpo e as pernas não agüentarem mais.
Aí na hora da música lenta, iam até a cantina, tomar um hi fire,
Um refrigerante.
Foi aí que aconteceu,
Ao saírem do salão, vem um moreno bonitão e para sua surpresa dá-lhe um beliscão.
No peito e o chama de gostoso.
Ele sangue quente nem pensa, manda um empurrão no sujeito, que irado desfecha-lhe um soco, ele cai, rapidamente levanta-se, saca sua arma que segundo ele era cano duplo, uma carreira, dois tiros e PÁAAAAAAAA! Acerta o sujeito no peito. Sai correndo, pula a roleta do clube, o porteiro tenta segura-lo ele aponta a arma e PÁAAAAAA, monta em sua Vemaguet, sua Maria Peidona, como a chama até hoje quando conta a história, e foge encerando o asfalto. A vemaguete vai cantando seu PAPAPAPAPAPA, soltando uma fumaceira preta, correndo sobre suas rodas de carrinho de mão, pela noite. Ele desesperado se enfia com moto e tudo no meio de um matagal e ali permanece até o dia amanhecer.
Dia seguinte ninguém sabe de nada, nem se fala do assunto. Nunca mais ele voltou na boate Grilo, com medo de represália. E desses tempos guarda ainda muitas saudades de sua vemaguete, sua Maria Peidona, com rodas de carrinho de mão.