Eu e Baco

Por vezes enalteço Baco,

E meus versos lhe ofereço,

Não por qualquer preço,

Mas a troco de um naco!

Um naco de bom toucinho

Um pouco de pão de trigo,

Acomodado no meu abrigo,

Ao Baco peço pão e vinho!

Daqui não quer ir embora,

Poeta pobre e mesquinho,

Sem dinheiro para o vinho,

Vinho pede ao Baco agora!

Nunca me vi tão faminto,

Como poeta e vagabundo,

Rodando por este mundo,

Há muito que a fome sinto!

Agora que o dinheiro é raro,

E que a todos já não chega,

Com Baco vou para a adega,

Porque assim é menos caro!

CasMil
Enviado por CasMil em 14/03/2011
Código do texto: T2847917
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.