nóis do brejo

andando debaixo de chuva tão forte

deitado na areia ao sol escaldante

na espreguiçadeira descubro que a sorte

não é brincadeira que agrade o elefante

o bicho-do-mato se esconde da gente

mas teme morrer de barriga vazia

não acho o que possa ser mais excludente

do que não se ter o que a gente queria

o sapo olhou pra abelha descalça

na beira do lago lhe dando atenção

formiga gostou do vestido sem alça

mas não garantiu que era feito a mão

no meio do brejo se danço uma salsa

macaco debocha e se rola no chão

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 01/03/2011
Código do texto: T2821269
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