BILHETE

Quando o dia amanheceu,

O beija-flor voltou ao seu jardim,

Já haviam passados quatro dias do que aconteceu,

E ele ainda cheirava jasmim.

Então, chegou sorrateiro,

Vasculhou as pétalas da sua predileta flor,

Ela nem se mexeu, ignorou-o por inteiro,

Havia chegado ao fim o seu amor.

Ela já olhava diferente,

Talvez houvesse outro beija-flor,

Ele então ficou indiferente,

Percebeu que para outro eram os sonhos dela de amor.

Ele então, não quis mais beijar a flor,

Nem sentir o seu perfume,

Talvez tenha ferido seu sentimento de amor!

Ou ainda era ciume!

Parou suas asas no ar,

Flutuou...

Tinha que consigo desabafar,

Chorou...

Falou com seus botões,

- O que o olho não viu

Não havia gritado as razões,

Portanto, nada sentiu.

Mas, quando o bilhete leu,

Que estava perdido no chão,

Pensou que era pra ele o que a flor escreveu,

Mas, não era não.

Dizia o bilhete...

- Desejo te ver...

Ai ele gritou - que cacete!

Comigo, nâo tem nada a ver.

Foi então,

Que o beija-flor caiu na razão,

Tomado pela dor da emoção,

Rasgou o bilhete e lacrou seu coração

Mudou seu nome, apagou o nome dela, chegou o fim,

Foi embora sem olhar para traz,

Nunca, nunca mais,

Volatará o beija-flor aquele jardim.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 24/02/2011
Reeditado em 24/02/2011
Código do texto: T2811987
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.