Sem sapatinho de cristal...

Quem dera a fada madrinha

Me fizesse a tua musa.

Matusquela, bem daninha...

Mas nada! A verdade acusa...

Mesma abóbora de sempre.

Nua e crua a minha escara.

Uma ilusão, num repente...

Meia-noite, o que me ampara?

Inda bem, sem dor de dente.

Inda bem sem nem espelho.

Meio cega, inconsequente,

A te "coisar" virtualmente.

Ó meu príncipe encantado,

Cabes no meu coração!

Vem e pega minha mão

Vamos mudar nosso fado.

Outro conto com cuidado

Nasça do que se viver

E as tantas cenas de enfado

Se impeça acontecer.

Sonho velado em cuidado

Que não possa avinagrar.

Beijos não muito melados

Verdade possa atestar;

Existência de um amor

Puro. Que por si se expressa.

Condensado, sem promessa;

Livre de um indispor.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 27/12/2010
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