Iracema, a virgem dos lábios de mel...
Iracema, dizia o romântico Alencar,
era a “Virgem dos lábios de mel”. Coisa louca,
pois nos idos de 1500, no sertão do Ceará,
o que índio não fazia era escovar a boca!
Virgindade talvez, mas não mel para provar...
Mas, devaneio... A história foi assim:
Iracema viu o moço branco e perguntou:
“Viestes? Martim respondeu: “Sim, vim”.
E como Iracema já vivia nua, não precisou
tirar nada, exceto o que lhe tirou Martim...
Logo chegou Arakém, o feroz pai da trigueira
Iracema, que não gostou daquilo que era
a primeira safadeza à brasileira.
Zangadão, gritou para Martim: “Espera!”
E foi correndo buscar a tribo inteira.
Botaram Martim nu e o amarraram fortemente
numa árvore, com uma idéia danada:
Cortar o objeto branco que rapidamente
tinha deixado a índia alucinada.
E depois, canibais, almoçariam Martim calmamente.
Martim olhou para os índios, os originais da raça
brasileira, e teve a idéia que iria mudar
toda a História do Brasil, com muita graça.
Falou para Arakém: “Antes de me capar e matar,
veja que eu trouxe dinheiro, pizza e cachaça!”
E Martim continuou falando:”Senhores,
com o tempo vestirão ternos e gravatas,
serão deputados e senadores,
e em meio de roubalheiras e mamatas,
do povo, se dirão seus defensores”
“Pelegos ou ladrões do colarinho branco, valentes
sanguessugas, serão “os companheiros”, e poderão
de qualquer Poder, chegar a Presidentes;
até mesadas para amantes lhes pagarão,
mesmo que haja choro e ranger de dentes!”
E enquanto Martim iniciava a bandalheira
política do Brasil, a cachaça já estava apanhando,
havia batuque, corria dinheiro e charuto de bananeira;
tudo virou pizza e descobriram, com as índias rebolando,
que a suruba era boa brincadeira...
Arakém, mais pra lá do que pra cá, gritou:”Animal
branquelo, tu trouxeste belos agrados
e só por isso já não te dei um ponto final,
mas, te digo, pelos manes mais sagrados:
ou casas ou viras almoço. Mas, antes, te corto o bilau!"
Martim olhou a gostosa índia: “Perder isso, uma ova!”,
pensou animado. E logo viu um futuro bem direito:
Ficava dono do material, escapava da cova,
e mais tarde, dos índios se tornaria prefeito.
E quando Iracema murchasse, haveria índia mais nova...
Sorriu e falou, com sentimento:
"Nunca vi índia mais bela! Meu coração
é todo dela, caso sem constrangimento!"
Desamarraram Martim, pintaram o novo irmão,
veio o pajé e, sem protocolos, se fez o casamento!
Martim e Iracema, portuga e índia, impudicas
raízes, depois, os escravos - eis a raça tupiniquim...
Mexendo com o burlesco e a corrupção, misturas ricas,
deram a esse caldo genético um gosto bem ruim.
E isso explica mensalões e Tiriricas!...
Iracema, dizia o romântico Alencar,
era a “Virgem dos lábios de mel”. Coisa louca,
pois nos idos de 1500, no sertão do Ceará,
o que índio não fazia era escovar a boca!
Virgindade talvez, mas não mel para provar...
Mas, devaneio... A história foi assim:
Iracema viu o moço branco e perguntou:
“Viestes? Martim respondeu: “Sim, vim”.
E como Iracema já vivia nua, não precisou
tirar nada, exceto o que lhe tirou Martim...
Logo chegou Arakém, o feroz pai da trigueira
Iracema, que não gostou daquilo que era
a primeira safadeza à brasileira.
Zangadão, gritou para Martim: “Espera!”
E foi correndo buscar a tribo inteira.
Botaram Martim nu e o amarraram fortemente
numa árvore, com uma idéia danada:
Cortar o objeto branco que rapidamente
tinha deixado a índia alucinada.
E depois, canibais, almoçariam Martim calmamente.
Martim olhou para os índios, os originais da raça
brasileira, e teve a idéia que iria mudar
toda a História do Brasil, com muita graça.
Falou para Arakém: “Antes de me capar e matar,
veja que eu trouxe dinheiro, pizza e cachaça!”
E Martim continuou falando:”Senhores,
com o tempo vestirão ternos e gravatas,
serão deputados e senadores,
e em meio de roubalheiras e mamatas,
do povo, se dirão seus defensores”
“Pelegos ou ladrões do colarinho branco, valentes
sanguessugas, serão “os companheiros”, e poderão
de qualquer Poder, chegar a Presidentes;
até mesadas para amantes lhes pagarão,
mesmo que haja choro e ranger de dentes!”
E enquanto Martim iniciava a bandalheira
política do Brasil, a cachaça já estava apanhando,
havia batuque, corria dinheiro e charuto de bananeira;
tudo virou pizza e descobriram, com as índias rebolando,
que a suruba era boa brincadeira...
Arakém, mais pra lá do que pra cá, gritou:”Animal
branquelo, tu trouxeste belos agrados
e só por isso já não te dei um ponto final,
mas, te digo, pelos manes mais sagrados:
ou casas ou viras almoço. Mas, antes, te corto o bilau!"
Martim olhou a gostosa índia: “Perder isso, uma ova!”,
pensou animado. E logo viu um futuro bem direito:
Ficava dono do material, escapava da cova,
e mais tarde, dos índios se tornaria prefeito.
E quando Iracema murchasse, haveria índia mais nova...
Sorriu e falou, com sentimento:
"Nunca vi índia mais bela! Meu coração
é todo dela, caso sem constrangimento!"
Desamarraram Martim, pintaram o novo irmão,
veio o pajé e, sem protocolos, se fez o casamento!
Martim e Iracema, portuga e índia, impudicas
raízes, depois, os escravos - eis a raça tupiniquim...
Mexendo com o burlesco e a corrupção, misturas ricas,
deram a esse caldo genético um gosto bem ruim.
E isso explica mensalões e Tiriricas!...