licença para ensinar
quero ler textos de amor,
e você vem com
“conversa de fundo de quintal...”;
quero sentir de novo
a maciez dos lábios que beijei
a partir de textos que
produzam esse resultado,
e você vem com
“mini radiografia social...”
como se eu precisasse de um raio X;
quero seguir meu caminho com ela
e você vem falar (o que nem sabe)
sobre “os destinos do país...”
olha, cara, ninguém aqui é aprendiz
nem você tem licença pra ensinar...
muda o rumo da prosa, meu irmão,
ou então salte do trem
noutra estação