Xiita, Xiita
Há uma palavra num canil
Já basta
Que eu estou escrevendo no papel
Mas o poeta insiste
Não terá a tua emoção
O poema que escrevo
Xiita, xiita
Eu escrevo o poema
Xiita, xiita
Já basta
E a palavra que nunca existe
Minha pele e minha língua imploram
Eu escrevo poema
Xiita, xiita
Quem interessa as palavras espremidas
Mas tudo que é pequeno persiste
Feito um dicionário impressa à língua
Jeito de uma dispnéia que se ouse falar
Teria o impulso na língua
Sempre que o mundo me faz uma palavra
Eu que escrevo poema...