Xiita, Xiita

Há uma palavra num canil

Já basta

Que eu estou escrevendo no papel

Mas o poeta insiste

Não terá a tua emoção

O poema que escrevo

Xiita, xiita

Eu escrevo o poema

Xiita, xiita

Já basta

E a palavra que nunca existe

Minha pele e minha língua imploram

Eu escrevo poema

Xiita, xiita

Quem interessa as palavras espremidas

Mas tudo que é pequeno persiste

Feito um dicionário impressa à língua

Jeito de uma dispnéia que se ouse falar

Teria o impulso na língua

Sempre que o mundo me faz uma palavra

Eu que escrevo poema...

Diogo Loncellot
Enviado por Diogo Loncellot em 29/09/2010
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