Animus jocandi
Um sentido que escorregue
E a sinfonia macule
Da fervura desse bule
Maldição jamais me agregue.
Coisas fortuitas, triviais
Limbos de gordos sinais
Que recheiam a ironia.
A pia prece infeliz
De alguém que enfim se diz
Filha do céu em mesmice...
Nem CINDERELA ou ALICE
Somente aquela que disse
Não crer em contos de fada.
Marotice em meu sorriso
Mascara o sabor mais ácido
Do meu verbo no improviso.
Mas trago no olhar inciso
O dulçor de que preciso
Para a exigência em vernáculo.
Saltando então do pináculo
Eis meu ósculo mais terno
Docinho, adoçando o inverno.
Um gracejo, olhar, risinho
Vou caindo de mansinho
No quente do teu colinho...