Animus jocandi

Um sentido que escorregue

E a sinfonia macule

Da fervura desse bule

Maldição jamais me agregue.

Coisas fortuitas, triviais

Limbos de gordos sinais

Que recheiam a ironia.

A pia prece infeliz

De alguém que enfim se diz

Filha do céu em mesmice...

Nem CINDERELA ou ALICE

Somente aquela que disse

Não crer em contos de fada.

Marotice em meu sorriso

Mascara o sabor mais ácido

Do meu verbo no improviso.

Mas trago no olhar inciso

O dulçor de que preciso

Para a exigência em vernáculo.

Saltando então do pináculo

Eis meu ósculo mais terno

Docinho, adoçando o inverno.

Um gracejo, olhar, risinho

Vou caindo de mansinho

No quente do teu colinho...

ANJA PERALTA
Enviado por ANJA PERALTA em 18/09/2010
Reeditado em 23/02/2011
Código do texto: T2505507
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